É por entre as ruelas e becos de Lisboa que soam os sinos da glória
dos tempos que mudam sem mudar,
continuam a haver as velhotas de avental a vender fruta e flores.
E os bairros tão pequenos são aldeias em que todos se conhecem em que todos são tudo e todos de fofocas!
Em plena luz de miradouros as gaivotas passam e fazem-nos sonhar do alto,
com os senhores das violas que ambientam o cenário!
As tascas velhinhas e porcas, os velhos alcoólicos sem dentes, as prostitutas do cais do sodré, do intendente ou de monsanto....
E os eléctricos amarelinhos que parecem partir-se em cada viagem, meu deus os turistas devem temer...
O Tejo que nos mostra a outra margem de onde vão e vêm todos os dias milhares de passageiros, carregados do suor de um dia inteiro e de olheiras fundas de quem não tem descanso!
E a Lisboa de hoje mistura-se com a cor do café dos negros, com o tom mel dos indianos, com os olhos rasgados dos chineses, e com mil turistas que por aqui passam e se encantam!
O bairro alto, o castelo, a baixa das comprinhas e das tardes solarengas passadas a contar histórias de ontem e desejos futuros,
a praça do comércio imperial em sua grandeza!
Os veleiros agora embarcações de gigantes malandros que viajam pelo mundo
e alguns pescadores ainda se sentam à beira do caís passando assim a álvorada até ao anoitecer...
Amanhã é outro dia de trânsito que impesta os pulmões,
de gentes com rostos novos interessantes!
E do mendigo ao empresário,
da empregada de vão de escada à melhor das advogadas,
tudo se conjuga, numa harmonia sinfónica criada neste país delinquente de quem não quer fazer nada ou de quem faz tudo só pelo gosto de sonhar!
dos tempos que mudam sem mudar,
continuam a haver as velhotas de avental a vender fruta e flores.
E os bairros tão pequenos são aldeias em que todos se conhecem em que todos são tudo e todos de fofocas!
Em plena luz de miradouros as gaivotas passam e fazem-nos sonhar do alto,
com os senhores das violas que ambientam o cenário!
As tascas velhinhas e porcas, os velhos alcoólicos sem dentes, as prostitutas do cais do sodré, do intendente ou de monsanto....
E os eléctricos amarelinhos que parecem partir-se em cada viagem, meu deus os turistas devem temer...
O Tejo que nos mostra a outra margem de onde vão e vêm todos os dias milhares de passageiros, carregados do suor de um dia inteiro e de olheiras fundas de quem não tem descanso!
E a Lisboa de hoje mistura-se com a cor do café dos negros, com o tom mel dos indianos, com os olhos rasgados dos chineses, e com mil turistas que por aqui passam e se encantam!
O bairro alto, o castelo, a baixa das comprinhas e das tardes solarengas passadas a contar histórias de ontem e desejos futuros,
a praça do comércio imperial em sua grandeza!
Os veleiros agora embarcações de gigantes malandros que viajam pelo mundo
e alguns pescadores ainda se sentam à beira do caís passando assim a álvorada até ao anoitecer...
Amanhã é outro dia de trânsito que impesta os pulmões,
de gentes com rostos novos interessantes!
E do mendigo ao empresário,
da empregada de vão de escada à melhor das advogadas,
tudo se conjuga, numa harmonia sinfónica criada neste país delinquente de quem não quer fazer nada ou de quem faz tudo só pelo gosto de sonhar!
E Carlos do Carmo diria:
ResponderEliminar“(...) Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios sãos as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida
Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida”.
E tu, em Belém, acabas-te por me mostrar que apesar de tudo isto, amanhã, "aquele banco do jardim" lá estará, de novo, à nossa espera...saudades.