Como eu queria unir a minha fúria à minha espada,
esventrar as nuvens de cotão que passam pelo meu quarto,
a sala da minha mente que venera o sofrimento.
levanto-me e percebo as minhas mãos apáticas que rasgam em tremores descontrolados ferindo as cinzas do inferno que guardo.
Olho o relógio que não pára e nele percebo que o tempo está inversamente inerte.
Assim vão implodindo as chamas, os jazigos debaixo da minha almofada, o cheiro a cadáver meio vivo que me visita em sonhos.
Divagando no quarto vermelho da minha mente alimento o monstro que me consome, que me inala absorvendo a réstia do que sou,
e a minha almofada descobre num instante o ser necrófago e devora o que um dia se moveu, que foi algo para além dele na minha mente.
É neste plano que a morte se acaba e o negrume das pálpebras cerradas embalam-me ao som de um doce silêncio trágico.
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